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Com foco no fortalecimento da marca no Brasil e no mundo Starrett faz novo investimento na planta de Itu

A Starrett Brasil está fazendo um novo investimento na planta de Itu. Agora o valor será de R$ 40 milhões, a maior parte dessa quantia está focada na principal linha de produtos da empresa: serras copo, serras de fita bimetálicas e serras de fita de carbono (DFB)*. Todas produzidas no Brasil.

A companhia tem em sua cultura a estratégia de tornar a marca cada vez mais competitiva mundialmente. A fábrica brasileira se tornou responsável por fornecer toda sua linha de serras para todas as outras plantas nos Estados Unidos, Escócia e China. São 8 plantas distribuídas pelo mundo. A maioria delas está nos Estados Unidos: Mount Airy – Carolina do Norte, Laguna Hills – Califórnia, Waite Park – Minnesota, Cleveland – Ohio e Columbus – Georgia. Uma na Escócia, em Jedburgh e outra em Suzhou, na China. Além, é claro, a de Itu.

Em entrevista ao Imprensa Aberta, o presidente da Starrett Brasil, Christian Arntsen, disse que continuará investindo em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e transferência de tecnologia – quando conhecimentos técnicos, procedimentos e tecnologias são compartilhadas entre equipes de regiões ou países diferentes. Ainda nos planos de ampliação, Christian vai alavancar as equipes através de treinamentos, desenvolvimento pessoal e mão de obra qualificada. Esta última em 20%. Todos os processos serão trabalhados ao longo de 2021.

O executivo disse em outras ocasiões que este e outros investimentos já realizados pela empresa são “reflexos do excelente trabalho da equipe da Starrett no País, que deu segurança ao conselho para fazer tamanho investimento e concentrar toda produção de serras na unidade de Itu”. E acrescenta: “A Starrett tem duas grandes áreas de atuação: corte e medição. Na empresa a gente costuma dizer ‘A gente corta e mede tudo’”.

*DFB – Duratec Flexible Body – Duratec com Corpo Flexível

STARRETT NO BRASIL

Em 1956, chegava no Brasil a primeira fábrica da empresa especializada em cortes e medições. Inicialmente ela se estabeleceu em São Paulo capital, na região do bairro Santo Amaro. Atrás, de onde é hoje, o shopping Morumbi.

Com o surgimento de mais empresas na capital e a ampliação da fábrica, o espaço começou a ficar pequeno, afinal não havia como expandir estruturalmente. À época duas cidades chamaram atenção da diretoria: São José dos Campos e Itu. Ambas no interior de São Paulo. Após criteriosa análise, decidiram por Itu pois, espacialmente e logisticamente, a cidade oferecia mais vantagens. E, também, pelo fato do governo municipal ter oferecido melhores incentivos fiscais.

A mudança aconteceu no ano de 1975. A partir daí, mais quatro grandes investimentos foram realizados. O primeiro foi em 1985, quando o Centro de Distribuição tomou forma. Na década de 90, segundo investimento, aconteceu a construção da fábrica II, de trenas. No terceiro, 2005, nasceu a fábrica de aço Bi-metal Unique. E agora, o investimento de R$ 40 milhões. Christian nomeia cada fase como ‘Onda’. No caso, esta última, a ‘quarta onda’.

Vale lembrar que em 2018 a multinacional consolidou-se na produção do aço mencionado acima, concentrando toda produção, atendendo a demanda do mercado nacional e de exportação.

DIANTE à PANDEMIA

Em março de 2020 começava a fase mais turbulenta para empresas de todas as áreas e tamanhos ao redor do mundo. Comércios pequenos como o de roupas, acessórios para celulares, lojas de móveis e decorações, utilidades em geral, entre centenas de outros, tiveram que fazer da ‘água o vinho’ para não fecharem as portas permanentemente.

A situação se repetiu dentro de grandes companhias, talvez até de forma mais intensa. Com a Starrett não foi diferente. Quanto ao segmento de serras, alguns modelos não estão tendo procura, como os de corte de alumínio no ramo automobilístico e aço inoxidável aeroespacial.

Afinal, a indústria de aviões e automóveis praticamente zerou durante a pandemia. Segundo Christian, a queda foi de 70% em relação ao período pré-pandemia, em ambos os setores. Atualmente a porcentagem diminuiu para 30%. Já a saída de serras voltadas para o corte de carnes não houve diminuição. Manteve a média.

Uma área que surpreendeu e cresceu 30% foi a construção civil. Devido a pandemia, a ‘fuga’ dos paulistanos para o interior de São Paulo tomou grande proporção, diversos imóveis foram alugados, reformados e construídos. Por isso, produtos como serras para marcenaria, serra Tico-Tico, trenas, arco de serra, dentre tantos outros voltados para o setor, tiveram maior saída.

Representatividade Mundial

A Starrett produz mais de cinco mil produtos, como lâminas de serras de fita para corte de metais, madeira e carne, ferramentas de precisão, trenas, instrumentos de medição, máquinas ópticas, etc. Ou seja, atende necessidades mil. Arntsen deu um exemplo que expressa muito bem isso: [Oferecemos] “desde produtos simples, como uma trena, até máquinas ópticas para medir turbinas de avião, que custa meio milhão de reais, que são vendidas para a Embraer. Serra manual, de cinco reais, e serra de metal duro, de cinco mil reais, para cortar aço aeroespacial, usado nos aviões da Embraer”.

No cenário atual, a Starrett do Brasil representa cerca de 30% do faturamento do grupo no mundo, e detém, em média, 30% do market share em suas linhas de serras no país.

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