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Líderes do MTST e moradores do Monte Sião se reúnem com o prefeito Gazzola

Apesar de longa conversa com o prefeito, nada de concreto foi acordado

Na manhã desta segunda-feira, cerca de 50 moradores do loteamento Monte Sião, localizado na estrada velha Itu-Salto, fizeram uma marcha de mais de 5 quilômetros, com destino à Prefeitura de Itu.

Liderado pelo coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Clayton Veloso, por Cecília Gomes e Cleick Simone (coordenadoras estaduais do movimento), os moradores começaram a se reunir em frente ao loteamento às 09h30 e saíram por volta das 10h45. De acordo com Jailma Borges, presidente da Associação dos Moradores, 101 (cento e uma) pessoas confirmaram a participação, além daqueles que apoiavam as reivindicações. Porém nem todos foram.

Após quase duas horas de caminhada os manifestantes chegaram e se acomodaram em frente a única porta de acesso, pois todas as outras foram fechadas e protegidas pela GCM (Guarda Civil Municipal). No interior do salão principal da prefeitura uma pequena equipe da tropa de choque estava de prontidão.

O Porquê da Manifestação

A razão da passeata se baseia na busca da regularização do terreno e futura moradia segura, afinal, devido às tentativas de reintegração de posse, por parte dos proprietários, e depois, a desapropriação, determinado pelo governo municipal, a área de 68.500 m², se tornou uma ‘terra sem dono’.

Atualmente, são cerca de 700 (setecentas) famílias, mais de mil pessoas, morando em barracos e casas de alvenaria, sem água encanada e eletricidade.

Para a regularização acima citada e todo o saneamento básico necessário, é preciso quitar a dívida entre proprietário e prefeitura, isto é, valor do terreno e multas envolvidas. Há alguns anos, em conversa com um dos administradores da área, o Imprensa Aberta questionou quanto ao valor da mesma, que foi estimada em R$8 milhões à época, hoje, somando a valorização e multas processuais, a quantia chega a R$12 milhões.

Reunião com Guilherme Gazzola

Após acordo entre Veloso do MTST e GCMs, uma ‘comissão’ de dez moradores e dois representantes subiram até o gabinete do prefeito para encontrarem uma solução. Enquanto isso, os manifestantes procuravam um lugar com sombra para descansar. Outras equipes da guarda deram o auxílio necessário a eles.

A expectativa daqueles que estavam na parte externa era grande. Uma família de moradores nos disse estar bastante esperançosos e que se veem em suas casas, em ordem e em paz.

Uns 40 minutos passaram, e a ‘comissão’ desceu e trouxe o ‘resultado’ das negociações.

Resumidamente, nada foi acordado. As questões foram colocadas, detalhadamente, à mesa, como a necessidade de rede de esgoto, eletricidade, vagas em creches, ponto de ônibus, entre outras. Gazzola disse quais caminhos e decisões pode tomar, que estejam dentro de sua responsabilidade e que fará as devidas tratativas com os proprietários.

Explicando aos manifestantes o que foi discutido, Clayton comentou que alguns moradores estão sendo usados como ‘massa de manobra’ pelos próprios proprietários com o intuito de pressionar a prefeitura a pagá-los.

Acesse o canal no YouTube, veja a entrevista e todos os detalhes pós reunião.

E aqui as imagens do início ao final da passeata.

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