A KPTL e a Cedro Capital anunciam a criação de seu mais novo fundo de investimentos. Dedicado a atrair GovTechs, como são chamadas as empresas que resolvem dores do setor público com soluções de base tecnológica, o GovTech Fund Brasil já nasce sob a bandeira da inovação por ser o primeiro do tipo na América Latina e um dos primeiros no mundo.
Com mais de 15 anos de expertise no mercado de tecnologia e inovação e com reconhecida liderança em Agro (AgTechs), IoT (internet das coisas) e Saúde (HealthTechs), agora chega a vez de focar no setor público, um mercado com muitas oportunidades. O GovTech Fund Brasil pretende captar R$ 100 milhões para investir em um total de 20 a 25 companhias. Baseada em Brasília, a Cedro e a KPTL já contam conjuntamente com o maior portfólio de GovTechs do País, investidas por fundos anteriores. Entre essas empresas estão a DataPolicy e o Portal de Compras Públicas.
Hoje no Brasil temos um setor público que arrecada muito, mas que gasta de forma ineficiente. Ainda que tenhamos diversas iniciativas de sucesso, a percepção geral da qualidade dos serviços públicos é muito baixa. O chamado “buraco fiscal” é uma expressão quase monotemática nas análises de contexto e futuro dos economistas. O que o segmento GovTech vem propor é uma saída promissora para enfrentar esse dilema. O mercado de inovação tem certeza de que a tecnologia é mais do que a solução. É o único caminho.
Para cada R$ 1 investido pelo governo federal em programas de transformação digital geram um retorno de, pelo menos, R$ 5 por ano aos cofres públicos. As estimativas são da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, comandada nos 20 primeiros meses do atual governo por Paulo Uebel, advogado e mestre em Administração Pública pela Universidade de Columbia.
Com toda a experiência acumulada no setor público, privado e na academia, Uebel será conselheiro do GovTech Fund Brasil. “Enxergo uma infinidade de possibilidades de ganho de eficiência e qualidade de serviço, como gestão interna, compras públicas, gestão de pagamentos, análise de dados, entre outras que possam qualificar políticas públicas. Uma coisa é certa: não vai faltar trabalho”, acredita Uebel.