Na constante tentativa de se manterem e de reduzirem o número de animais abandonados no País, as ONGs diversificam as possíveis formas de arrecadação de insumos e recursos
Em levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2022, havia cerca de 30 milhões de animais abandonados nas ruas de todo o Brasil. Segundo os dados, 10 milhões eram gatos e 20 milhões cães.
Para termos um parâmetro, esse total é maior do que a população de 451 cidades do estado de São Paulo (IBGE).
Em contrapartida, uma pesquisa do Instituto Pet Brasil aponta que até 2020, existiam 400 ONGs de proteção animal em atuação – dois anos antes eram 370. A distribuição delas pelo País está assim dividida: 45%, ou 180 ONGs, estão na região Sudeste, seguida pelas regiões Sul (18%), Nordeste (18%), Norte (12%) e, por fim, Centro-Oeste (7%). Essas instituições tutelam mais de 184 mil animais. Desses, 177.562 (96%) são cães e 7.398 (4%) são gatos. Veja mais dados, informações e a lei contra o abandono.
Trabalho das ONGs
As ações das ONGs de animais abandonados têm grande amplitude. A maioria delas começa com o resgate, tirando-os das ruas. A partir daí, cada entidade toma um caminho. Algumas iniciam com os exames clínicos e laboratoriais para identificação de ferimentos, infecções e afins.
Outras partem para a castração, que vai além do controle populacional dos animais, como também prevenção de doenças. Daí vêm o processo de vacinações diversas.
Colocando na ‘ponta do lápis’ cada cuidado citado acima, sem contar dezenas de outros, uma ONG que presta todos os serviços necessários para manter seus acolhidos com saúde, investe no mínimo R$200 por mês, isso por animal.
Agora vem a parte ‘administrativa’: Abrigar os cães e/ou gatos resgatados para depois colocá-los para adoção. Porém, muitas ONGs não têm a estrutura ideal ou recursos para abrigá-los por muito tempo.
Administração e Recursos
Logo acima falamos sobre estrutura para abrigar os animais. Dependendo do tamanho da ONG, das ações que realiza, da cidade em que atua e, claro, os recursos adquirem por doação, essa manutenção se torna extremamente sensível.
Essas instituições contam com o apoio daquelas pessoas e empresas que defendem a causa. Seja fazendo a adoção responsável, contribuindo com os trabalhos nos cuidados, nas campanhas de arrecadação de verbas, participação em eventos, doando ração, oferecendo seu ‘Lar Temporário’ e tantos outros.
E uma em específico que chama atenção: Apadrinhamento
Apadrinhamento significa tornar-se padrinho ou madrinha de um ou de vários animais abrigados sem precisar levá-lo para casa.
O apadrinhamento pet é uma bela opção para quem ainda não pode ter um pet em casa ou não consegue aumentar a família no momento, mas tem vontade de ajudar.
Com um valor mensal, você pode ser a ‘dinda’ ou o ‘dindo’ de um pet que ainda não encontrou uma família. As ONGs costumam enviar informações, fotos e vídeos do animal apadrinhado para acompanhar o desenvolvimento dele, além de deixar aberta a visita, ver e interagir quando quiser.
Uma das centenas de ONGs que atua nessa linha é a Salvacão
A Salvacão, sediada em Osvaldo Cruz (SP), desde sua fundação, em 2019, realiza resgates na cidade e região, encaminha os animais à clínica veterinária para identificação de ferimentos e tratamentos necessários. Após o diagnóstico vem a castração e vacinação.
Através dos colaboradores e apoiadores da instituição, a mesma conseguiu um espaço, onde constroem baias para acolher os cães resgatados. Lares temporários também ajudam nos cuidados até a adoção responsável.
Três outras ações fazem parte do escopo: Pós-adoção, Conscientização Infantil e Apadrinhamento.
Acesse, conheça a ONG e entenda cada ação.