Após ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira, 14, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende distribuir durante a 71ª Assembleia-Geral da ONU um documento com acusações de abuso de poder contra a Operação Lava Jato e o juiz Sérgio Moro.

Na denúncia, o MPF também citou a esposa de Lula, Marisa Letícia,  Léo Pinheiro (ex-presidente da OAS), Paulo Gordilho (arquiteto e ex-executivo da OAS), Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula), Agenor Franklin Magalhães Medeiros (ex-executivo da OAS) e Roberto Moreira Ferreira (executivo da OAS). Todos tiveram seus nomes ligados à lavagem de dinheiro e/ou corrupção ativa.

Não tem mais volta, não há como negar o envolvimento do ex-presidente Lula e ‘parceiros’ no esquema de corrupção da Petrobrás. Provas disso não faltam: delações, testemunhas, centenas de páginas ligando-o a ofertas e recebimento de propinas que lhe dão o título de ‘maestro’ da organização criminosa.

O termo usado pelo procurador Deltan Dallagnol, infelizmente, traduz o que foi o governo Lula – “Propinocracia” – mas não vamos nos iludir achando que Temer será um exemplo em gestão e que vai transformar o Brasil. Diante do que tem acontecido nos últimos três anos (protestos, investigações, prisões), Temer e sua equipe vão ‘pisar em ovos’ antes de pensar em tirar vantagem da atual posição.

Em coletiva de imprensa realizada ontem (15), Lula se fez de vítima da situação e, em um flashback de sua história, dramatizou, derramou lágrimas e até fez ameaças àqueles que o denunciaram e que, supostamente, mentiram. Segue trecho da fala dele durante a coletiva: “…eu tenho convicção de quem mentiu está numa enrascada…”.

Uma característica muito comum dos nossos servidores públicos é negar qualquer erro, qualquer atitude ilícita, até quando as provas estão à sua frente. No Partido dos Trabalhadores (PT) não é diferente e, além disso, eles costumam fazer ameaças, estimular a revolta, o quebra-quebra.