Domingo, dia 13, eu estava no parque Adventure Islands, da Universal, em Orlando, com meu irmão e minha cunhada. Fomos nas montanhas russas – nossa paixão – andamos bastante, conhecemos brinquedos novos, lojas novas e relaxamos um pouco.
No meio da tarde minha cunhada me chamou para tomar um café, afinal eu e ela somos apaixonados por essa bebida. Fomos à famosa e internacional rede StarBucks. Logo na entrada já houve uma surpresa: não havia fila! Algo incomum nos parques de Orlando.
As únicas pessoas à nossa frente era uma mãe com seu casal de filhos, ambos com Síndrome de Down, a filha na cadeira de rodas. Quando vi essa família comentei com meu irmão e cunhada: “E a gente ainda reclama da vida! ” Falei isso pelo fato de não termos nenhuma deficiência física, nem mental e por não passar por nenhum tipo de necessidade.
Essa linda e abençoada família, por algum motivo que não pude identificar, nos deu seu lugar no caixa e pediu desculpas. Agradecidos, fizemos nosso pedido. Enquanto esperávamos o café, mãe, filha e filho nos passaram e pediram desculpas novamente. Quando o filho passou por mim, acenei com a cabeça e sorri. Ele, em resposta, também sorriu e deu uma piscada de canto de olho. Pode parecer um momento simples, corriqueiro e comum, mas esses breves segundos me tocaram no fundo da alma. A felicidade nos olhos e sorriso daquele menino, sua simplicidade e humildade fizeram lágrimas correrem em meu rosto.
Eu e minha cunhada sentamos à mesa, enquanto meu irmão retirava o pedido. Falei o que senti, como me tocou aquele momento e quanto temos e podemos aprender com essas pessoas especiais. Refleti sobre minhas reações diante determinadas situações da vida e percebi quão insensíveis somos na maior parte do tempo.
A cada gole de café a cena se repetia em minha mente e mais lágrimas rolavam, até que uma sensação de renovação e alegria veio a mim. Depois do café continuamos nosso passeio.