Vivendo com o estresse dia a dia

Agora, nesse exato momento, cerca de 70% das pessoas que estão no mercado de trabalho estão estressados e sofrem de algum sintoma, seja uma simples dor de cabeça, um cansaço corporal, um desânimo, falta de produtividade ou até depressão. Os casos são tão frequentes que, em maio deste ano, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu o estresse como uma doença e epidemia mundial.

Os efeitos do estresse podem afetar o corpo como um todo (órgãos, sistema nervoso, membros inferiores e superiores), diminui a imunidade dando abertura às doenças, afeta a mente, desfocando os pensamentos e trabalhando energias negativas, além de desequilibrar as emoções, estimulando insegurança, tristeza, ansiedade, entre outros.

A busca por resultados rápidos e constantes que a sociedade e o mercado de trabalho impõem sobre os profissionais é uma das razões desses números apresentados acima. Além, é claro, do mundo digital, da velocidade e quantidade das informações que é consumida diariamente. É tudo tão rápido que se torna superficial, sem importância, é desvalorizado. E isso atinge diretamente as pessoas, não dando valor a si mesmas, nem às outras. O melhor exemplo está ao ver casais, amigos ou familiares nos restaurantes. Se estão em dois, ambos estão no celular, se estão em três ou mais, alguém ficará olhando para o nada. Fato que gera ansiedade, estresse, solidão ou angústia.

A boa notícia em meio a todas essas ‘doenças’ é que o corpo humano também produz o ‘bom estresse’, aquele que protege, que salva. Esse estado é chamado de homeostase, de equilíbrio, bem-estar. A alteração desse estado gera o estresse.

A homeostase é tudo o que é considerado natural no corpo, como estar com a frequência cardíaca normalizada, temperatura de 36,5 ºC, pupilas normais e afins. Tudo o que causa a alteração desses fatores é sinal de desordem. Por exemplo, ver um leão próximo a você causaria o aumento dos batimentos cardíacos e da produção de suor, entre outros sintomas. Os hormônios de resposta a esse tipo de situação são adrenalina e cortisol. Esse tipo de estresse é considerado positivo, já que essas sensações são necessárias para o senso de proteção de qualquer pessoa e, caso não exista, é possível que ela não tente se defender em situações de risco.

Quando esses hormônios começam a ter efeitos desproporcionais e fora de hora, ele não está em um nível regular. É aí que se tornam um problema e possivelmente uma doença. O ideal é ter a quantidade de estresse bom e ruim em equilíbrio. Mas fazer isso não é fácil!

Como equilibrar essa balança?

Não existe exatamente uma receita de bolo para controlar a ansiedade, as emoções, os pensamentos e os hormônios, mas existem dicas, técnicas e ferramentas que auxiliam nesse processo. A ideal, cada pessoa vai perceber ao longo do uso, da prática. Daí entra a disciplina, dedicação e a vontade de se controlar e melhorar.

Segue abaixo algumas simples dicas:

– Reservar de 10 a 30 minutos por dia para você mesmo(a). Para pensar, refletir, analisar seus pensamentos, emoções, para se autoconhecer;

– Cuidar de sua saúde física, mental e espiritual;

– Não se deixar levar pelas dificuldades, pressões e críticas externas;

– Não se deixar levar pelas dificuldades, pressões, críticas e culpas internas;

– Se desligar do mundo virtual e reaproximar das pessoas. Conversar com familiares, amigos, colegas, conhecer novas pessoas.

*Conheça outras técnicas e ferramentas para controlar o estresse: coach_ramires@imprensaberta.com.br

Não deixe chegar nesse ponto

Jornalismo independente de profundidade, de qualidade e isenção. Matérias, reportagens, entrevistas, artigos e análises sob uma perspectiva diferente

Deixe um comentário

UA-161415575-1